25 de setembro de 2004

Fizz Keeper

Quem nunca abriu uma Coca-cola dois litros, tomou um copo no almoço e no outro dia a Coca-cola já estava sem gás? Pois é. Eu também!

Isso foi uma coisa que sempre me incomodou. Principalmente porque desde que eu moro sozinho geralmente só tem eu pra beber o refrigerante e eu só tomo um copo no almoço ou algo do tipo. Não é como uma família que acaba com uma Coca 2l numa sentada.

Eu sempre preferi comprar 2l por causa do custo benefício. Claro que seria mais interessante eu comprar latinhas de 350ml mas sairia muito mais caro. No fim das contas valia mais a pena comprar uma garrafa de 2l que, mesmo jogando fora metade, sairia mais barato.

Daí que um dia eu resolvi tentar mudar isso. Tentei fechar a garrafa o mais apertado possível. Usei até alicate. Resultado: não adiantou muito.

Foi aí eu percebi que o gás foge da garrafa de qualquer jeito. É pior que traficante em presídio de segurança máxima.

Comecei então a pensar numa alternativa. Eu via que o refrigerante começava a perder o gás quando passava da metade por que aí o gás tinha como escapar pela tampa. Isso quando a garrafa é guardada deitada, é claro.

Como fazer então que o gás nunca entrasse em contato com a tampa? Guardando de cabeça pra baixo. E foi o que fiz. Abri a Coca, tomei um copo e guardei de cabeça pra baixo. E deu certo!

Deu mais certo do que eu pensava. Quando eu abri a Coca-cola a quantidade de gás engarrafado era enorme. Muito maior do que quando eu abri a Coca pela primeira vez. Isso por que depois de tomar um copo sobrou mais espaço pro gás ocupar. Daí quando eu abri a garrafa foi aquele tsssssss...

Enfim. Desse dia em diante eu comecei a guardar refrigerante aberto de cabeça pra baixo. Todo mundo acha estranho e não acredita muito. Isso até eu mostrar o truque da tampinha explosiva.

Pois então. O truque é simples mas funciona. Como a quantidade de gás guardada é muito maior que a quantidade normal eu faço o seguinte: eu vou abrindo a tampa bem devagar até começara ouvir o gás escapando. Quando eu ouço o gás bem baixinho eu abro a tampa de vez com o dedão. Mas tem que ser bem rápido. O que acontece é que a tampinha explode como se fosse champagne.

A tampa bate no teto, bate no chão e fica pipocando uma meia hora. É engraçado ver a cara do povo tomando susto. Já aconteceu até d'eu perder a tampa do refrigerante nessa brincadeira.

Mas meu pai nunca acreditou nessa minha tese. Dizia que não tinha nada disso, que não precisava guardar a garrafa de cabeça pra baixo e era só apertar a tampa com força. Isso até ver o truque da tampinha explosiva. Num desses almoços de domingo, com a mesa cheia, eu peguei uma Coca-cola aberta no dia anterior e fiz o truque. A tampa pipoco, bateu em meio mundo de canto até que parou na panela de feijão.

Todo mundo na mesa se assustou e meu pai viu o que eu estava falando... Mas mesmo assim lá em casa ninguem guarda o refrigerante de cabeça pra baixo. Como sabiamente disse o filósofo Nietzsche: "O costume do cachimbo deixa a boca torta".

Mas a minha solução não é infalível. Quanto mais vezes você abre a garrafa mais vezes o gás escapa. Não tem jeito. Isso acontece por que quando você abre a garrafa a pressão vai toda embora e o gás vai ter mais espaço pra ocupar a garrafa quando você fechar a tampa.

Qual seria a solução então? A solução seria colocar pressão dentro da garrafa depois de fechada pra que o gás não tivesse pra onde expandir assim como sabiamente escreveu o grande poeta baiano Caymmi em alguma de suas composições: "Pressão! Eu vou botar pressão mamãe!".

Pois bem. A solução seria essa... Mas como fazer isso??? Assoprar na garrafa antes de fechar? Então... Eis que estava eu no supermercado comprando comida congelada, comida enlatada e outras coisas saudáveis quando de repente me deparo com isso:

Pois é: Fizz Keeper! Traduzindo para o bom português seria algo como o "Guarda Tssssssss". Alem de vedar bem a tampa o que acontece é que a gente, com a ajuda dessa bombinha, pode ir repondo a pressão dentro da garrafa. A gente abre, bebe e depois fica bombando o Fizz Keeper pra não deixar o gás escapar muito.

+


=

Em tese funciona bem. Vamos ver o que vai acontecer... Já to testando ele na minha geladeira.

Se quiserem eu posso exportar pro Brasil. Querem? Qualquer 20 reais mais correio eu to mandando...



Momento cultural

Há alguns meses eu vi no Jô um tal de Zéu Britto. Ele chegou meio que como coadjuvante junto com o Selton Mello e Débora Falabella pra divulgar o filme Lisbela E O Prisioneiro do Guel Arraes. Mas ele roubou a cena logo depois que o Jô fez a primeira pergunta a ele. Ele é baiano (só podia) e começou a cantar suas músicas nada comuns e super originais. Eu lembro de ter rido muito. Cada música mais engraçada que a outra. E ele lá, sempre sério.

Pela internet eu vi que ele voltou no Jô esse mês e que faz até parte do programa da Globo onde os homens se travestem e fazem todos os papeis da serie. Não lembro o nome.

Soube que ele vai lançar o disco logo pelo que entendi. Mas enquanto isso eu vou deixar algumas músicas pra vocês ouvirem.

A primeira é o clássico Raspadinha:

"...

Raspe logo o matagal
pra livrar a área do quintal
Eu só quero raspada

Só quero raspadinha meu bem
Se você quiser eu raspo também

...

Isso é coisa de cigana
você tá parecendo Cláudia Ohana
Tira a palha da cabana
e deixa o sol entraaaar!

..."

Ouça a música:

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