4 de outubro de 2005

Viagem no ônibus Comercial

Depois de conseguir um emprego na Telematic para ser colega de Helton e Gabirú eu tinha que voltar a Salvador.

Como agora não estou mais motorizado o que tive que fazer? Pegar o busão pra Salvador... O horário do ônibus era 19:30 e minha mãe se amarrando pra me levar. Eu sabia que ia chegar atrasado. E cheguei...

Quando cheguei na rodoviária não tinha mais o Executivo das 19:30. O próximo Executivo era 20:30. Pensei comigo:

-- Vai demorar demais pra pegar o Executivo. E agora a noite o Comercial nem vai parar tanto assim na estrada! Chego mais cedo...

E comprei o Comercial de 20h... Grande erro...

Primeiro que pra entrar já foi uma fila quilométrica. Não sei pra que já que as cadeiras são marcadas. Quando o motorista abriu a porta metade da rodoviária foi pra cima do coitado. Tem gente que gosta de fila!

E eu pensei comigo: Isso é um ônibus ou um caminhão? Não vai caber tanta gente nesse ônibus não. E continuei sentado esperando a fila ir acabando...

Quando eu entrei no ônibus eu tomei um susto. Que diabo de tanta gente feia reunida! Parecia uma festa de Halloween! Era gente gorda, era gente mal vestida, era gente fedendo. Misericórdia meu Pai!

Aí eu desci do ônibus. Fui ver de novo o destino pra ver se o ônibus ia pra Salvador ou se eu peguei o ônibus pra Cabuçú por engano. Pior que eu tava certo.

Entrei novamente no ônibus e vi um cara vestido em trapos, com uma flanela na mão. Pensei: Será que o cara sai de Salvador pra ganhar dinheiro como flanelinha aqui em Feira? Salvador está exportando flanelinha??? Enfim...

Teve uma mulher que me chamou a atenção. Não era nenhuma moreninha jeitosinha como vocês devem estar pensando. Era uma negona gorda, bem gorda, toda vestida de Lycra. Era Lycra do pé a cabeça. Uma graça! A barriga tinha umas cinco dobras! Todas bem delineadas pela Lycra da roupa dela. E ela reclamava com o namorado dela:

-- Num tá aberto não! Não to conseguindo abrir. Tá com o nome vermelho!

Aí eu entendi que ela tava querendo ir pro banheiro e não conseguia abrir a porta. O ônibus nem saiu do lugar e ela já queria ir no banheiro. Naquele banheiro apertado de ônibus duvido muito que ela iria conseguir entrar. E se entrasse não saia...

O namorado dela foi um capítulo a parte. Eu não reparei muito nele de início mas ele foi reclamar com o motorista que o banheiro estava fechado. Depois de conversar com o motorista ele volta olhando pra mim, que estava sentado do lado esquerdo do ônibus ao invés de falar com a enorme namorada dele que estava sentada do lado direito do ônibus. E vinha ele da frente do ônibuis, olhando pra mim e dizendo:

-- Ele disse que está aberto.

E eu pensando: Quem tá querendo ir no banheiro é tua nega, rapaz. Ta doido... E ele:

-- Pode ir lá que tá aberto! - olhando pra mim.

Foi aí que eu percebi. O cara era ZAROLHO! Mas ele tinha um desvio tão grande que um olho apontava pra mim e o outro apontava pra "namoradinha" dele. Pra vocês verem o naipe dos tipos que estavam nesse ônibus.

Atrás de mim uma mulher passou a viagem toda reclamando da compahia de ônibus. Ela começou dizendo que reclamou com o motorista que tinha colocado um filme de "violênça" pra passar numa outra viagem que ela fez.

-- Como é que bota um filme desse de "violênça"? Bota um filme infantil. Bota logo um desenho animado! Bob Esponja!

Ninguem merece! E tome reclamação. Essa mulher devia trabalhar no PROCON. Por que de reclamação essa daí entende!

Teve uma hora que entrou no ônibus um cara com uma panelona. Daquelas de fazer feijoada. Aí eu tive a certeza: Essa porra tá indo é pra Cabuçú! Eu peguei o ônibus errado!

Mas isso era de menos... As cadeiras do ônibus eram muito curtas. O Executivo tem umas cadeironas, é confortável. A porra do Comercial falta ainda uns 10cm pra caber minha perna. Tive que ir "de bandinha" a viagem toda. Desci do ônibus todo entrevado.

Mas isso era de menos... Teve uma hora que entrou um negão todo sujo no ônibus. Eu escondi meu relógio, minha carteira e comecei a rezar. O infeliz parou do meu lado e levantou o braço pra se segurar no ônibus. PRA QUÊ! Pense numa catinga! PENSE! A minha sorte foi que ele só pegou uma carona e desceu no Parque de Exposições senão nem vivo eu ia estar pra contar essa história.

E esse Comercial miserável toda hora parava. Aquilo foi me dando uma dor de cabeça, um enjôo...

Lá pelas tantas eu olho pro zarolho, aquele que namorava a irmã preta de Nane, e lá estava ele com um puff no banco do lado. Eu cocei o olho e olhei melhor. Não era puff não. Não sei como mas a mulher conseguiu deitar no colo dele. Parecia um amontoado de banha sem cabeça do lado do cara. Depois que ela levantou foi que eu consegui entender o cenário completamente.

E eu vi foi pouca coisa! A minha cadeira foi a 17. Antes do meio do ônibus. Se eu sentasse lá no fundo era assunto até o ano que vem!

Quando chegou em Salvador, finalmente, eu tive a ultima agradável surpresa. Tinha um outro ônibus desembarcando passageiro do lado. Era da mesma empresa. Quando eu olhei o ônibus era o Executivo das 20:30. Não é possível! O ônibus que eu deixei de pegar pra economizar uns minutinhos e chegar mais cedo em Salvador. De nada adiantou.

E vocês precisavam ver a cara do povo que ia descendo o ônibus. Todo mundo descansado, todo mundo feliz... E eu todo torto por causa da cadeira pequena, enjoado e com dor de cabeça. COMERCIAL NUNCA MAIS!

Um comentário:

Anônimo disse...

Nao tem nem palavras para definir você... oque você pensa só é merda cara.. Toma jeito de Homem PORRA!... AFF.. ESSA TAL MULHER AI QUE VOCÊ FALA DEVE F=SER CHULADA NÃO É (SEM BUNDA)...KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK... AI VOCÊ É REVOLTA!